terça-feira, 25 de agosto de 2015

"O Pátio das Cantigas" é o primeiro de 3 remakes de filmes dos "anos de ouro" do cinema português, produzidos por Leonel Vieira.


"O Pátio das Cantigas" tinha tudo para ser um sucesso. Um realizador conceituado, o seu original tinha sido um dos filmes mais emblemáticos da história do cinema português e até um elenco carismático bem conhecido do público. No entanto, este filme só se pode qualificar como um sucesso se nos estivermos a referir às bilheteiras, uma vez que conta com mais de 356.000 espectadores, sendo já o 2º filme português mais visto de sempre (apenas atrás de "O Crime do Padre Amado") e o 5º mais visto do ano (dados até à data da publicação desta crítica).


A principal questão ao ver este filme é mesmo se Leonel Vieira não poderia ter feito um melhor trabalho, ou se o único objectivo era apenas dominar as bilheteiras. Um enredo pobre e repetitivo dominam esta co-produção com a RTP, onde apenas aparecem breves referências ao seu original, e que não o consegue honrar. A única parte positiva seria o núcleo da personagem de Manuel Cavaco, a quem não é dada a devida importância e que acaba por cair de pára-quedas no filme.


Do mesmo modo, também a prestação do casting também ficou bastante aquém das expectativas. Miguel Guilherme que já nos habituou a tantas personagens de sucesso na comédia, tem aqui uma prestação mais fraca, com uma personagem bastante aborrecida. Sara Matos, que por muitos é considerada uma jovem promessa na área, leva também uma prestação descuidada e que não fica nada bem no seu currículo. Por outro lado, as surpresas foram mesmo a jovem Bruna Quintas, que apresenta uma grande maturidade para a sua idade e que cumpre na perfeição o seu papel; e também Manuel Marques, que tem uma prestação imaculada.


Agora apenas resta esperar que "Leão da Estrela" e "Canção de Lisboa" tenham mais qualidade que "O Pátio das Cantigas".

Nota Final: 3,5 em 10

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